Axé

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Axé Music surgiu na Bahia na década de 1980, durante as manifestações populares do carnaval de Salvador.

O termo “axé” é uma saudação religiosa do candomblé e da umbanda, que significa energia positiva. Ao “axé” foi acrescentada a palavra inglesa “music” pelo jornalista Hagamenon Brito, para formar um termo que designaria pejorativamente música dançante com aspirações internacionais.

Mas a intenção não se concretizou e com o apoio da mídia, o ritmo rapidamente conquistou todos os cantos do país na forma de carnavais fora de época, as tradicionais micaretas.

Atualmente a indústria do Axé Music produz incontáveis sucessos, desde artistas consagrados que somam anos de estrada como Ara Ketu, Chiclete com Banana, Asa de Águia, Jammil, Ivete Sangalo, Netinho até os mais recentes como Claudia Leitte (ex-vocalista da conhecida banda Babado Novo, que hoje trilha carreira solo), Tomate (ex-vocalista do Rapazzola também em voo solo), Alexandre Peixe e Batom na Cueca, e sem esquecer, é claro, de grupos que fizeram sucesso, mas que hoje não estão tanto em evidência como Terrasamba, Gera Samba e É o Tchan.

Trio Elétrico

As micaretas que acontecem durante todo o ano em inúmeras regiões do Brasil são animadas pelos famosos “trios elétricos”, que são palcos montados em cima de caminhões onde as musas da Bahia, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Claudia Leitte, e as bandas consagradas fazem a festa e arrastam multidões.

Para entender o surgimento do Trio Elétrico, é preciso voltar um pouco no tempo. Em meados de 1950, quando Dodô e Osmar começam a tocar frevo pernambucano em rudimentares guitarras elétricas em cima de uma Fobica (um Ford 1929), nascia assim o Trio Elétrico. O axé, ou axé music, é um gênero musical que surgiu no estado da Bahia na década de 1980 durante as manifestações populares do Carnaval de Salvador, misturando o ijexá, samba-reggae, frevo, reggae, merengue, forró, samba duro, ritmos do candomblé, pop rock, bem como outros ritmos afro-brasileiros e afro-latinos.

No entanto, o termo “axé” é utilizado erroneamente para designar todos os ritmos de raízes africanas ou o estilo de música de qualquer banda ou artista que provém da Bahia. Sabe-se hoje, que nem toda música baiana é axé, pois lá há o samba-reggae, representado principalmente pelo bloco afro Olodum, o samba de roda, o ijexá — tocado com variações diversas por bandas percussivas de blocos afro como Filhos de Ghandi, Cortejo Afro, Ilê Aiyê, e Muzenza, entre outros , o pagode baiano e até uma variação de frevo, bem como o sertanejo e forró etc.

A palavra “axé” é uma saudação religiosa usada no candomblé, que significa energia positiva. Expressão corrente no circuito musical soteropolitano, ela foi anexada à palavra em inglês “music” pelo jornalista Hagamenon Brito em 1987 para formar um termo que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais.

Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país (com a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas), e fortaleceu-se como potencial mercadológico, produzindo sucessos durante todo o ano, tendo, como alguns dos maiores nomes, Luiz Caldas, Daniela Mercury, Márcia Freire, Ivete Sangalo, Alinne Rosa, Claudia Leitte, Margareth Menezes, Asa de Águia, Chiclete com Banana, entre outros.

Os pioneiros do gênero foram os músicos da renomada banda Acordes Verdes, que acompanhava Luiz Caldas e eram músicos de estúdio da W.R, em Salvador. O principal arranjador do estúdio, na altura, era o compositor Alfredo Moura. Conhecido como um forte gênero musical que surgiu na Bahia na década de 1980, o axé está diretamente ligado ao carnaval de Salvador e a alegria dessa que é uma das mais populares manifestações festivas do Brasil. O termo “axé” também tem significado religioso, no candomblé e na umbanda ele designa energia positiva.

Um dos conceitos que evidenciam o axé é a mistura de ritmos que formam a sua essência. Entre eles podem ser citados o frevo pernambucano, ritmos afro-brasileiros, reggae, merengue, forró, maracatu e outros afro-latinos. Desde o seu nascimento, o axé foi responsável por apresentar muitos cantores para o mundo.

O axé music
A medida que o ritmo foi ganhando representatividade no cenário musical baiano, passou a figurar como expressão recorrente no circuito musical nacional.

A origem do axé music, gênero musical brasileiro
Foto: depositphotos

Pouco tempo depois, mais precisamente no ano de 1987, a palavra “music” foi acrescida a expressão, transformando-se em “axé music”. Os créditos são do jornalista Hagamenon Brito.

Segundo ele, a explicação para isso foi a própria universalidade do ritmo, o que designaria pejorativamente aquela música dançante com aspirações internacionais. Com o impulso da mídia, o axé music rapidamente se espalhou por todo o país, com a realização de carnavais fora de época, as chamadas micaretas.

Os nomes do axé
Algumas canções que nasceram junto com a criação do ritmo são vistas como verdadeiros marcos na história do axé. Uma das mais relevantes é “Fricote”, escrita por Paulinho Camafeu e interpretada por Luiz Caldas. Não demorou muito para que a canção caísse no gosto do Brasil, alavancando a carreira do artista, que na época era líder da banda Acordes Verdes, que tinha Carlinhos Brown na percussão.

Além de Caldas, outros nomes também pegaram carona no ritmo, emplacando grandes sucessos: Sarajane (“Abre a rodinha”), Gerômino (“Eu sou negão”), Banda Reflexus (“Madagascar”), Cid Guerreiro, Banda Mel, Olodum, Chiclete com Banana, Araketu, Banda Eva, Timbalada, Asa de Águia e Babado Novo, para citar algumas.

Na década de 1990, o ritmo se reinventou, ganhando novas caras. Foi quando apareceu Netinho, Ricardo Chaves e Daniela Mercury. Outros nomes também despontaram nas paradas de sucesso, muitos deles em bandas, depois em carreira solo, a exemplo de Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Márcia Freire e Margareth Menezes.

Nessa mesma época, bandas que carregaram o samba de roda baiano começaram a ser influenciadas pelo ritmo, apresentando para o grande público “É o Tchan” e “Terra Samba”, que acabaram virando os percussores da terceira onda da música baiana.

A influência do axé no carnaval
Sob a batuta dos músicos Dodô e Osmar, na década de 1950, uma nova invenção ganhou as ruas de Salvador, puxando verdadeiras multidões. Um Ford 1929 serviu de palco para que os músicos levassem a música ao público. Nascia o trio elétrico que trazia o frevo pernambucano em guitarras elétricas. Com o passar dos anos, o carnaval com esse novo formato foi ganhando corpo, ganhando destaque no país e no mundo.

Não demorou muito para que essa invenção fosse, definitivamente, incorporada no carnaval baiano. Foi aí que surgiram os blocos, seguido dos blocos afro. Assim, hoje, o carnaval baiano é um produto de muitas interferências, sobretudo do axé music, que passou a figurar como identidade musical.

Você conheceu um pouco mais sobre o Estilo Musical Axé.


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