Ouça 10 importantes discos que celebram 20 anos em 2024

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Ouça 10 importantes discos que celebram 20 anos em 2024

Há duas décadas, rock, rap, R&B e indie viveram um período de grande renovação

– Ouça 10 importantes discos que celebram 20 anos em 2024

Em 2004, o mundo da música era bem diferente do de 2024. As redes sociais engatinhavam, o YouTube não existia e muito menos o Spotify. Os MP3, legais ou não, já tomavam conta do mercado, mas ainda havia espaço para a venda de CDs. Musicalmente foram 12 meses de grande riqueza e em vários gêneros e com artistas muito distintos entre si reafirmando o sucesso ou inaugurando carreiras que, ainda hoje, repercutem. Nesse especial, o Vagalume relembra dez grandes álbuns que chegaram às lojas há 20 anos.

“Franz Ferdinand” – Franz Ferdinand

Franz Ferdinand

Em 2004, a imprensa inglesa ainda tinha o poder de alavancar carreiras e fazer com que seus “eleitos” se tornassem pauta na imprensa de todo o planeta e virassem assunto de debate entre o público consumidor. Os escoceses do Franz Ferdinand se beneficiaram, e muito, dessa estrutura.

Felizmente, nesse caso, a música era boa o bastante para justificar o hype: uma releitura atual, e mais pop, do lado mais dançante do pós-punk do final dos anos 70/início dos 80.

Álbum do ano para o NME (e top 5 em praticamente todas outras listas de destaque da época), “Franz Ferdinand” chegou ao terceiro lugar no Reino Unido e entrou no top 40 dos EUA.

“The College Dropout” – Kanye West

Kanye West

Antes de se tornar bilionário e se envolver em inúmeras polêmicas, Kanye West era um produtor de destaque que já vinha revolucionando o hip-hop com seu trabalho ao lado de nomes como Jay-Z. Há tempos, ele queria se lançar como artista solo, mas enfrentava a resistência da indústria. Isso não impediu que ele trabalhasse em seu material por longos quatro anos.

A “fé em seu próprio taco” compensou. “The College Dropout” foi saudado como uma das grandes renovações do rap no começo do século, vendeu milhões de cópias e chegou ao segundo lugar da Billboard – incrivelmente o “pior” resultado dele nas paradas, já que todos seus álbuns solo de estúdio subsequentes foram números 1.

“Confessions” – Usher

Usher

O álbum mais vendido do ano, e o segundo dos anos 00 nos EUA segundo a Billboard, abriu novos caminhos para o R&B na década. Usher já vinha de uma ascendente, mas, aqui, ele se superou em um trabalho que casou magistralmente baladas e faixas mais dançantes em um disco sexy e bastante pessoal.

“Hot Fuss” – The Killers

The Killers

De Las Vegas e buscando trazer o glamour da cidade para o indie rock, o The Killers estreou com esse disco que, para muitos fãs, e até não fãs, segue como o melhor que eles já fizeram. Com inspiração no rock dos anos 80, mas sem abusar a ponto de tornar-se uma mera caricatura do som da época, Brandon Flowers e cia. fizeram um trabalho que vendeu bem, agradou críticos e um público mais exigente, abrindo caminho para o megaestrelato que foi conquistado pouco a pouco com os lançamentos seguintes.

“Hopes And Fears” – Keane

Keane

Apostando em um pop melódico e muito bem feito, Keane tinha como pontos fortes, a voz de Tom Chaplin e as melodias que ficavam na cabeça levadas pelo piano de Tim Rice-Oxley – a ponto de eles sequer precisarem de um guitarrista.

“Hopes and Fears” foi o segundo disco mais vendido do ano no Reino Unido (atrás da estreia dos Scissor Sisters) e, mesmo que não seja visto como um álbum “cool”, sobrevive muito bem ao tempo, especialmente graças aos seus singles luminosos.

“You Are The Quarry” – Morrissey

Morrissey

O ex vocalista dos Smiths vinha de uma fase de maré baixa. Os dois últimos trabalhos do cantor não fizeram muito sucesso, nem de crítica nem de público, e eles estava sem lançar um novo disco desde 1997. Em 2004, as coisas voltaram a se alinhar.

Em uma nova gravadora e com inspiração renovada, o disco gerou um merecido “comeback”. No Reino Unido, o trabalho, o sétimo de sua carreira solo, ganhou um disco de platina – até hoje o único que ele recebeu – e nos EUA, ficou no 11° posto, marca então inédita para ele e que foi igualada uma única vez.

“Funeral” – Arcade Fire

Arcade Fire

Clássico disco de “combustão lenta”, “Funeral” foi conquistando pouco a pouco os críticos e o público, com a sua música intensa e inspiradora, mesmo que lidando com temas pesados. Os canadenses também se beneficiaram, e muito, graças à sua ótima presença de palco,que fez dele sensações nos grandes festivais.

Ainda que tenha sido reconhecido pela imprensa e público alternativo americano, o trabalho passou a ser mais conhecido após seu lançamento na Europa, já no ano seguinte – quando ele caiu nas graças dos jornalistas britânicos – o NME e a revista Mojo o elegeram o segundo melhor disco de 2005.

“Funeral” ganhou um disco de ouro nos EUA, apesar de nunca ter ido além do 123° lugar (no futuro eles teriam três números 1 na Billboard) e encabeçou, merecidamente, algumas listas de melhores discos da década.

“Presents Smile” – Brian Wilson

Brian Wilson

Um disco da série: “milagres acontecem”. Em 1967, Brian Wilson, o líder dos Beach Boys, começou a trabalhar no sucessor de “Pet Sounds”, álbum que sempre é lembrado em listas de “melhores de todos os tempos”. Horas e horas de material foram gravados para “Smile”, incluindo pequenos trechos instrumentais que apenas ele sabia onde deveriam ser encaixados. Para resumir uma longa história, Wilson, já sofrendo com sérios distúrbios psiquiátricos, abandonou o projeto e também o papel que tinha de figura central da “Banda da América”, criando no processo um “disco-mito”.

No final dos anos 90, Wilson se reinventou como um artista de palco, algo que por si só já era uma enorme surpresa. Em 2002, ele tocou a íntegra de “Pet Sounds” em seus shows e a resposta do público foi de puro êxtase. Já “Smile” seguia como o elefante na sala, e assunto a não ser tocado na sua presença.

Aos poucos, Brian começou a mudar de ideia e encarou o desafio de acabar o grande projeto de sua vida. Fãs e jornalistas ficaram incrédulos quando uma série de concertos, “Brian Wilson Plays Smile”, foi anunciada. Em 20 de fevereiro de 2004, lá estava ele no Royal Festival Hall, de Londres, tocando a íntegra da suíte e sendo aplaudido de pé.

A versão em disco saiu em setembro daquele mesmo ano e é impossível saber se “Smile” seria exatamente assim em 1967 – e como público, músicos e imprensa iriam recebê-lo. Mas, finalmente, Brian pôde respirar aliviado.

O disco foi muito bem recebido na época – foi o álbum do ano da revista Uncut – ainda que, hoje em dia, não seja tão ouvido. Isso porque, a partir desta versão foi possível reconstruir o “verdadeiro Smile”. Lançado em 2011 e creditado aos Beach Boys, ele foi montado a partir das gravações feitas na década de 60.

“American Idiot” – Green Day

Green Day

A recepção morna a “Warning” (2000) fazia crer que o Green Day já havia atingido o seu ápice enquanto “banda vendedora de discos” e que os próximos lançamentos serviriam mais para alavancar as turnês. Ledo engano. O ambicioso “American Idiot” reposicionou o trio no mercado e trouxe não só milhões de novos fãs, como também lhes garantiu um respeito muito maior por parte dos críticos.

O curioso é que tudo isso foi conquistado sem que se mexesse muito na fórmula musical do grupo – o punk rock e o power pop continuaram sendo a profissão de fé de Billi Joe Armstrong, Tré Cool e Mike Dirnt. A diferença mesmo se deu na parte lírica, com letras mais sérias e elaboradas – que causaram imediata identificação com os ouvintes – tomando a dianteira.

O trabalho encabeçou as mais importantes paradas de sucesso do mundo, ganhou seis discos de platina nos EUA e deu origem a um musical. Se o Green Day ainda hoje é uma banda grande e ativa – o novo disco deles sai nesta sexta-feira, 12 de janeiro – é muito por causa desse fenômeno de nome “American Idiot”.

“How To Dismantle An Atomic Bomb”

U2

O último grande disco do U2? Discussões à parte, não se nega que aqui eles tiveram seu último grande sucesso popular, ao menos para o padrão deles – foram quatro discos de platina no Reino Unido e três nos EUA. “HTDAAB” cumpriu bem a missão de ser o sucessor de “All That You Can Leave Behind”, o disco de “volta as raízes” que teve um começo morno e deslanchou depois do 11 de setembro de 2001, quando ele se tornou uma espécie de alento em forma de música para os americanos.

Os irlandeses entregaram um disco multifacetado, que tinha espaço para “Vertigo” e seu riff simultaneamente simples e poderoso, a climática “City Of Blinding Lights” e as emotivas “Sometimes You Can’t Make It On Your Own” e “Original Of The Species“. Canções como essa compensam alguns momentos de menor inspiração que não chegam a comprometer o resultado final bastante positivo. O álbum ainda deu origem a uma memorável turnê – que passou pelo Brasil em 2006.

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